segunda-feira, 12 de março de 2012



"Balançando no quintalChega em seu carro rápidoAssobiando meu nomeAbra uma cervejaE a traga até aquiE jogue vídeo game
Estou em seu vestido de verão favoritoVendo-me tirar a roupaLeve esse corpo para o centro da cidade
Eu te digo o melhor que possoIncline-se para um grande beijoColoque o seu favorito perfumeVá jogar vídeo game
É você, é você, é tudo para vocêTudo que façoDigo a você todo o tempoCom você, o céu é um lugar na terraDiga-me todas as coisas que você quer fazerOuvi que você gosta de garotas másQuerido, isso é verdade?
É melhor do que eu pensavaEles dizem que o mundo foi construído por doisSó vale a pena viver se alguém estiver amando vocêQuerido, agora você ama
Cantando nos bares antigosDivertindo-me com as estrelas antigasVivendo pela fama
Beijando no escuro azulJogando sinuca e dardos selvagensVídeo games
Prenda-me em seus grandes braçosBêbada e vendo estrelasIsto é tudo o que penso......."
tradução da musica: lana del rey - video games

É o que me interessa



"....
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem
Quem vai virar o jogo e transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado só de quem me interessa


Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o teu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurre em meu ouvido
Só o que me interessa


A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito..."


música: lenine - é o que me interessa

domingo, 15 de janeiro de 2012


E se eu demorei a enxergá-lo?
e se demorei alguns bons e longos anos,
amores, desamores, viagens, mudanças.
Foi preciso tudo isso, para enfim enxergar essa provável possibilidade: vc.
Você, calmo, simples, fácil, encantado,
parecia que esteve ali parado por todo esse tempo, parecia inclusive, que esteve ali por mim.
Esperando qualquer sinal, dentre conversas curtas que não moviam e não agitavam nada do lado de cá, dentre gostos indiscutivelmente parecidos, e bons gostos, dentre tantos anos de distância e comunicação virtual, e lembranças de poucos encontros, nada satisfatórios, nem um pouco íntimos, mas diria, talvez, curiosos.
Eu resolvi e fiz o q vc não conseguiu - mesmo querendo muito - fazer.
Eu apostei, eu investi.
Você queria muito.
eu o quis, pelo mesmo motivo que o seu.
Por você me querer.
E me deparei com o silêncio mais ensurdecedor da minha vida,
com uma incógnita,
o enlouquecedor enigmático mundo de Luiz.
Se por acaso alguém conseguiu decifrá-lo,
por favor me envie o número da conta bancária,
para que eu possa depositar toda a minha fortuna e de urgência, todas as minhas dúvidas,
e descobrir logo, quem é você?
Quem é essa mistura de palidez - quase um difunto- estático e imóvel, com todas as voltas que você da em um truque de mágica dentro da minha mente, e os arrepios que tocam cada centímetro do meu corpo?
Onde eu posso encontrar a fórmula para decifrar os olhares contentes e incertos, o rosto suave e pertubado, a sua voz ora calma e quieta ora os gemidos altos e quentes, o calor da sua língua, o mau humor de manhã, o seu pedido para ficar, o seu silêncio amarrotado, a pausa de nós para as suas músicas no carro, a falta de palavras para um amontoado de frases, textos, interrogações.
A sua decisão de não se posicionar,
de estar entre o não estar,
Mas de volta e meia, voltar - nem sempre por iniciativa própria -
Mas querer ficar,
E depois sumir, e reaparecer,
Sem questionar,
Sem ao menos notar...


ouvindo: led zeppelin - thank you

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

um dia você aprende que não tem controle de suas emoções.


E eu não quero ter mais a chance de admirar o seu rosto,
como o dia em que passava horas a fio olhando só o pouco do que podia ver dos seus olhos, dentro de um carro, no meio da escuridão de uma rua deserta.
Não quero mais ouvir sua voz, nem suas gargalhadas, muito menos seus suspiros.
Não quero almejar ter mais uma de nossas conversas agradáveis, engraçadas ou despretensiosas, mesmo em lugares desconfortáveis, mesmo virtualmente -embora longe- mas sentindo o coração bater um pouco mais acelerado...podia escutar?
Sentir a sintonia ser meramente parte do cenário.
Não quero mais sentir sua boca,
e imaginar todas as voltas que sua lingua poderia dar...em todos os desejos inacabáveis que despertavam um seguido do outro, sem ainda não terem de fato, começado.
Não quero mais.... você.
Não quero ter a sensação a todo momento que eu estou vivendo um romance que não pode ter um começo, mas que também não se quer abandonar.
Cujo não tem motivações para seguir em frente,
mas também não tem controle da sua extensão...
E ter que subitamente deletar todas as sensações que ficam de um amontoado de pequenas lembranças, como se fossem recortes de revistas que você havia colado no mural do seu quarto e agora fosse preciso recolher todos esses recortes e deixá-los serem levados pelo vento.
Deletar as sensações que te trouxeram e a fizeram escrever por toda uma madrugada diferente das outras.
Esquecer das confissões feitas por horas no telefone, das madrugadas em claro de frente ao computador, das briguinhas inúteis, a bebedeira na casa de amigos, a vontade de estar a sós, o vício da sua voz, da sua alegria.
Ter que deixar fluir...
E ele segue, se alastra, aumenta, se encanta, se enche de afeição, se encaixa, excede, toma conta, se vira contra, desequilibra, se cansa, desmorona, decai e fim.
Era só isso que eu poderia esperar.

O que esperar de um menino que acordou nesse exato momento para viver toda juventude que lhe abraça e o leva.....com pressa.....
para ser
ver
viver.

ouvindo: Ben Haper - Walk away  ‎"...sometimes you just have to walk away and head for the door...."

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O grande propósito da vida é a sensação - sentir que existimos, mesmo na dor.

(Lord George Gordon Byron)
 

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

e viveram infelizes para sempre...

Como um casal que não são mais, dia após dia eles se esforçam para tentar  cortar o que se tornou um laço eterno.
É o arrependimento mais amargo, e maravilhoso que já tiveram, pelos frutos que colheram.
Altos e baixos de uma relação nenhum um pouco estabelecida.
Ora amigável, ora odiável.
Eles caminham em direção oposta por um mesmo objetivo.
Matar.
Ele queria desatar o laço.
Ela queria acabar com os transtornos.
Ele queria fugir das responsabilidades.
Ela queria q ele sumisse.
Ele queria q ela nunca tivesse existido.
Ela queria nunca ter cruzado o seu caminho.

É uma longa e desastrosa história, de um casal que nunca foi feliz de verdade.
De um casal que usou o outro de escudo contra a carência.
E teve suas vidas entrelaçadas para sempre.
E os problemas multiplicados a cada ato imaturo, impensado, desalinhado.

Deus os colocou na vida do outro, não era pra ser feliz.
Era para se complicarem, se odiarem, se desgastarem....e serem infelizes para sempre.

"E um dia quando os sonhos despedaçados novamente se juntarem, vou olhar para trás e ver que tudo não passou de uma bobagem.."

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

"Um fim de semana livre
Sair daqui, sair de mim
Uma tarde pela areia
Descer montanhas
As curvas da estrada
Alegria, o olhar de uma criança
A ternura, atos de esperança
Um perfume bom
Propagandas de batom
Fantasias pra usar no carnaval
Desatinos, corpos quentes, vendaval
Sea, sex and sun
Cigarros e lábios, labirintos átomos
Mudanças de tom, refrões de amor
Verdades e segredos
Reflexos e canteiros de girassóis........"

musica: tudo me faz lembrar voce - jota quest

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Então um ano se passou....


''Wait right here'' Was all she said to me And so right here I stay 
Time has reached our home And I've been left alone It's carried her away 
And everyone keeps saying Nothing helps but time Time is all I own 
Time to stop replayingOver in my mind And watch the hours slow down 
So I crawl underneath my blanket Where I can hide away I know I can't take itAnymore'Cause I see now It's just one of those days 
Now a year has passed Alone, I stay inside And I await the rain To wash away your face So I don't have to hide The sight of you is painful 
So, I crawl underneath my blanket Where I can hide away I now I can't take itAnymore 'Cause I see now It's just one of those days 
I can't stopSeeing your face I can't stop Seeing your face In every place 


 música: Just one those days - Joshua Radin

quinta-feira, 1 de setembro de 2011


Quebre Regras,
Questione a vida,
Alcance a sabedoria,
Encontre a paz.
Perdoe Rapidamente,
Beije Demoradamente,
Ame Verdadeiramente
e Nunca deixe de ACREDITAR!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

À espera...

...e finalmente, está cada vez mais próximo.
dia após dia, dentre todos esses meses, foi difícil, confesso.
os dias de verão tornaram dias cinzas, nublados ou meramente dias sem sol.
as alegrias foram contadas, mas não sentidas, ainda esperam para serem vividas, pode saber como é?
as noites estreladas, passaram-se desapercebidas, dariam belas noites de vinhos e afins, mas os anceolíticos fizeram de noites como estas, dias curtos.
cada descoberta agradavel foi abafada, pelo silêncio e pela desmotivação.
cada surpresa, cada momento único, sem volta.
sabe o q é estar num sonho vivendo um pesadelo?
Não?
eu sei.
todos os filmes ainda esperam na pratileira para serem vistos, revistos, revividos.
o caminho para o cinema continua sendo o mesmo, e a hora para o nosso filme já está marcada.
os cafés de bom dia, ainda que amargos, esperam ansiosos para serem tomados.
as pizzas a serem feitas e os pratos colocados em cima da mesa, ainda que desorganizados, esperam para aquelas horas de conversa despretenciosa e amável.
o porta retrato mesmo que escondido na gaveta, não deixou a foto amarelar.
as noites de afago depois de um dia intenso de trabalho, ainda nos esperam, com o chuveiro ligado e chantily ao lado da cama.
a lua ainda se posiciona no mesmo lugar da sala de estar, mas nítida ainda, do lado esquerdo da janela, para mais uma noite de música e inspiração.
o armario desocupado, ainda reserva um lugar para todas as roupas se amontoarem em seu canto predileto.
os pés ansiosos para repetirem os caminhos que levavam ao ápice.
os vôos só se concretizarão, se você me emprestar a sua outra asa.
como fazíamos, lembra?

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Não cabe como rima de um poema, de tão pequeno.

Seria inútil escrever sobre ti,
você nem fez parte de uma noite inteira estrelada, música e vinho
você nem sequer mereceu um dia de cinema, jantar e trocas de carícia.
e agora você faz parte de uma gaveta lotada de decepções,
expectativas frustrantes, depósito de ilusão,
um amotoado de vaidade, misturado com um imenso vazio.
Seria inútil e é, da-lhe tanto crédito e falar sobre você esta noite.
você não atingiu o mínimo de pontos para se classificar.
você só movimentou a casa,
você disparou o coração duas vezes e o deixou morrer.
você não compartilhou risadas
e não preencheu silêncios.
E é uma pena,
mas você não vale a pena.

Fantasmas

Em noites mais geladas do que de costume,
aquelas lembranças que você já tinha deixado para trás há algum tempo, voltam.
parecem fantasmas.
E eu falo de fantasmas, não se referindo a somente uma pessoa, ou um passado, mas a vc mesma.
Uma saudade daquela menina que entusiasmada, acreditava.
E você quer acreditar.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Gente-casa

"Existe gente-casa e gente-apartamento. Não tem nada a ver com o tamanho.
Há pessoas pequenas, que você sabe, só de olhar, que dentro tem dois pisos e escadaria, e pessoas grandes com um interior apertado, sala e quitinetes.
Também não tem nada a ver com caráter.
Gente-casa não é necessariamente melhor do que gente-apartamento.
A casa que alguns tem por dentro pode estar abandonada, a pessoa pode ser apenas uma fachada para uma armadilha ou um bordel. Já uma pessoa-apartamento pode ter um interior simples mas bem ajeitado e agradável.
É muito melhor conviver com um, dois quartos, sala, cozinha e dependências do que com um labirinto.
Algumas pessoas nao são apenas casas. São mansões.
Com sotão e porão e tudo que eles comportam, inclusive baús antigos, fantasmas e alguns ratos.
É fascinante quando alguém que você não imaginava ser mais do que um apartamento com, vá lá, uma suíte, de repente se revela um sobrado com pátio interno, adega e solário.
É sempre arriscado prejulgar: Você pode começar um relacionamento com alguém pensando que é um quarto e sala conjugado e se descobrir perdido em corredores escuros, e quando abre uma porta, dá no quarto de uma tia louca.
Pensando bem, todo mundo tem uma casa por dentro, ou no mínimo, bem lá no fundo, um porão.
Ninguém é simples!
Tudo, afinal,é só a ponta de um iceberg e muitas vezes quem aparenta ser apenas uma cobertura funcional com quarto, sala, lavabo e cozinha, só está escondendo suas masmorras."

Fernando Veríssimo.

domingo, 19 de junho de 2011

"Me ensina a não andar com os pés no chão,

Para sempre é sempre por um triz
Diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz."

musica: Beatriz (chico buarque)


A motivação pela conquista.
o entusiasmo pela espera, pela expectativa, pela dúvida.
As infinitas possibilidades.
As tentativas frustrantes.
e a luta diária, inclui rascunhos, planos, fórmulas, obsessão, palpitação, espera, ansiedade e muita vontade.
Mas enfim, você conquista e se enche de tédio.

terça-feira, 7 de junho de 2011

quinta-feira, 2 de junho de 2011

From the top of the first page to the end of the last day

"Is there anybody out there who?
Is lost and hurt and lonely too?
Are they bleeding all your colours into one?
And if you come undone
As if you've been run through
Some catapult it fired you
You wonder if your chance'll ever come
Or if you're stuck in square one."

Música do Coldplay - Square one

terça-feira, 31 de maio de 2011

Chico Buarque e um café com chantilly, por favor.

Parece uma combinação perfeita, e é.
Nada mais agradável que pela tarde, quando o sol já estiver querendo ir embora, sentar-se ao lado de uma boa música e saborear um café com chantilly, se possível, com raspas de chocolates por cima!
Depois de um dia corrido, poder sentir cada letra, cada poesia, cada golada de café com música.
Não existe nada melhor do que tornar rotineiro esse ritual para todas as tardes.
 
 

terça-feira, 24 de maio de 2011

Você me inibiu.


"Toda vez que te olho
Crio um romance
Te persigo, mudo todos instantes
Falo pouco pois não sou de dar indiretas
Me arrependo do que digo em frases incertas
Se eu tento ser direto, o medo me ataca sem poder nada fazer
Sei que tento me vencer e acabar com a mudez
Quando eu chego perto, tudo esqueço e não tenho vez
Me consolo, foi errado o momento, talvez
Mas na verdade, nada esconde essa minha timidez
Eu carrego comigo a grande agonia
De pensar em você, toda hora do dia
Eu carrego comigo, a grande agonia
Na verdade nada esconde essa minha timidez
Na verdade nada esconde essa minha timidez

Talvez escreva um poema
No qual grite o seu nome
Nem sei se vale a pena
Talvez só telefone
Eu me ensaio, mas nada sai
O seu rosto me distrai

E, como um raio,
eu encubro , eu disfarço
eu camuflo, eu desfaço
Eu respiro bem fundo
Hoje digo pro mundo
Mudei rosto e imagem
Mas você me sorriu
Lá se foi minha coragem
Você me inibiu"

timidez-biquini cavadão

segunda-feira, 23 de maio de 2011

manhã de outono

Era uma linda manhã de outono. Uma daquelas manhãs que na verdade, você espera por amanhecer tudo cinza, frio, congelado como foi durante a madrugada inteira, mas não, te surpreende, quando ao abrir os olhos e ainda ver tudo escuro, por detrás da cortina há uma manhã bela, viva, o sol brilhante, por mais que sinta arrepios de frio vindo da janela semi aberta.
Laura encontra nessas manhãs, a maior inspiração para começar o seu dia com o pé direito, dá vontade de pular da cama e sair saltitando pela rua, e não demorar, pois já havia demorado muito, já que a manhã já estava bela assim fazia pelo menos umas duas horas.
Cada sonho que escondera em uma mala já empoeirada por debaixo de sua cama, ela resgatara para desembrulhar um por um em um desses dias, pois acordara com fome, fome de busca, de realização, de criação. E Laura queria que esse dia durasse por horas e que sua alma se alimentasse de cada raio de luz e se renovasse a cada suspiro que enchesse seu peito de vida.

" Quando abro a cada manhã a janela do meu quarto. É como se abrisse o mesmo livro numa nova página" Mário Quintana

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Ventania ou Calmaria?!


O desejo de viver uma vida mansa e morna, sentir a calmaria do dia a dia, talvez seria o auge para qqr um.
Mas e o botao que liga a motivação ??
Onde ele estaria? o que ele seria?
Se o medo do amanha, as expectativas, as frustrações ou não no dia seguinte, a incerteza, a luta, a vida cheia de temporais, de sol e chuva, de ventanias fortes, de verdades, de vida, de aventura, de suor....É o que de fato nos motiva, é o botão que nos faz dispertar todos os dias, e ir à busca seja pelo que for, mas ir em busca de algo, de algo a mais, que não o faz parar nunca.
A busca deve ser eterna, a vida deve ser essa caixinha de surpresas ora boa, ora ruim.
Para nunca cessar dentro de nós o sentimento que nos torna vivos e ativos.

Eu busquei por muito tempo a calmaria.
Talvez por viver em caos, na desordem, debaixo de tempestades, que constantemente era surpreendida com uma baita chuva no meio de um por do sol maravilhoso.
E enfim me deparei com essa calmaria.
E me tornou passiva de uma vida sem novas emoções.
me desmotivou....me fez regredir....
Não me sentir feliz, não consegui viver o morno, o igual todos os dias.
Sair pra trabalhar e voltar sabendo que tudo estaria no mesmo lugar, que os cadernos que deixei no quarto estariam organizados, e até a desordem das minhas roupas estariam algumas peças caídas no chão, como exatamente deixei, que receberia flores e um cartão hiper fofo e ainda deveria mostrar-me surpresa ao ligar agradecendo a gentileza.
Era de me fazer perder a inspiração, não só para os poemas, mas para tomar um banho mais demorado.

E depois de viver em extremos, eu pude descobrir que a vida mesmo calma, é cheia de imprevistos.
E que bases sólidas, podem-se desfazer no ar em um estalar de dedos.
E se desfez.
E a calmaria foi-se embora...
Mas os ventos ainda são brandos e a chuva quando vem, não molha todo o terreno.
Eu espero por mudanças.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

I can change...


ir adiante.

a gente até q programa:

- preciso dar um up na minha vida,
amanha vou marcar meu dentista, já se fazem cinco anos q nao faço uma limpeza,
preciso parar de adiar e ir fazer psicotecnico tb, nao adianta fugir, esperar o dia em q estiver preparada, pô é simples, ir la , fazer , nao sou nenhuma doida varrida, e passar, pra enfim tirar carteira, e ter minha liberdade de ir e vir, sem pedir carona pra irmaos, amigos, poder eu fazer isso por mim.
também preciso passar a acordar cedo, comer tudo q tem pela frente e ir malhar logo na manhã, minha dieta ja esta escrita, os suplementos eu preciso comprar, mas antes eu tenho q voltar o corpo a acostumar a pegar pesado na malhaçao e mais cumprir com meu projeto de ficar saradona pra esse ano, apesar q o projeto ja foi escrito pra anos atras, q nunca se vinga...
Ah nao posso esquecer, acabar de ler meus livros, já estão se amontando em um canto, cada um marcado em um começo de páginas que eu não consigo acabar e vão se acumulando, empoeirando...ficando pra trás.

Isso seria um bom começo para uma segunda feira.
projetos
planos
é hora de seguir a vida, alias a hora ja passou.
a vida se segue sozinha, queira eu ou nao.
ela esta seguindo, o tempo esta voando.
e eu me vejo programando tudo isso, diariamente.
e poucas vezes cumprindo.
deixo pra depois, amanha eu faço.
amanha eu vou.
e a semana vira sem cumprir com a metade do q se programou.

Sentada em frente ao computador, num sábado à noite, ouvindo qualquer musica que causa alvoroço e te faça ter foco, isso...foco.
do nada se tem visões.
e tem dias q eu tenho foco,
outros eu tenho vontade de ir dormir cedo, e esquecer o q deixei de fazer pelo dia.
sera meu ascendente em cancer q me trava tanto assim?
pq eu sou hiper segura, determinada, corajosa, pavio curto, eu sou ariana, e sou pulso firme, sim...eu pareço ser, sou isso tudo, mas sou o oposto também, o maldito cancer no meu ascendente, e não é um oposto complementar, é um oposto que trava tudo.
Mas nao é por isso q eu vou me conformar e seguir assim.
é por isso q eu vou lutar contra e mudar.
E eu q adoro uma mudança.
tento o tempo todo tentar fazer da minha vida diferente do q foi, pelo menos do q foi meu dia de ontem, exato, eu odeio rotinas.
Quando estou no meu auge de visões, ouvindo um the verve por exemplo, eu quero mais, eu quero dar a volta ao mundo, morar em albergues, conhecer lugares diferentes, viver aventuras, trabalhar em um bar, comer bolo de rachiche.
e quero mais, quero andar na rua como quem estrela.
e dirigir meu carro como quem esta vivendo um clipe musical.

Mas as vezes eu quero o básico, ou o "normal", casar, cuidar dos meus filhos, ter mais filhos, cuidar da familia, montar a casa, muda-la constantemente, combinar a sala em preto, vermelho e cinza, fazer do quarto de casal em azul e branco, comprar um piano e voltar a tocar, fazer cursos de maquiagem, de fotografia e até de pintura, comprar um par de patins para patinar em frente a praia, levar meus filhos à escolinha, à noite fazer um jantar pro meu marido.
As vezes eu quero o oposto de tudo q vivo, de tudo que quero.
Mas o que eu quero é endireitar o que está na contra mão.
o que eu preciso fazer, é passar destes rascunhos a tomar decisões e fazer disso real.
é criar verdades.

segunda-feira, 4 de abril de 2011


Se não era amor, era da mesma família.
Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa.
Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai estabilizar, só não sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

o mais sábio dos conselhos

“O tempo é o maior tesouro de que um homem pode dispor;
embora inconsumível, o tempo é o nosso melhor alimento; sem medida que o conheça,
o tempo é contudo nosso bem de maior grandeza: não tem começo, não tem fim;
é um pomo exótico que não pode ser repartido, podendo entretanto prover igualmente a todo mundo; onipresente, o tempo está em tudo;
existe tempo, por exemplo, nesta mesa antiga: existiu primeiro uma terra propícia, existiu depois uma árvore secular feita de anos sossegados, e existiu finalmente uma prancha nodosa e dura trabalhada pelas mãos de um artesão dia após dia; existe tempo nas cadeiras onde nos sentamos, nos outros móveis da família, nas paredes da nossa casa, na água que bebemos, na terra que fecunda, na semente que germina, nos frutos que colhemos, no pão em cima da mesa, na massa fértil dos nossos corpos, na luz que nos ilumina, nas coisas que nos passam pela cabeça, no pó que dissemina, assim como em tudo que nos rodeia;
rico não é o homem que coleciona e se pesa no amontoado de moedas, e nem aquele, devasso, que se estende, mãos e braços, em terras largas;
 rico só é o homem que aprendeu, piedoso e humilde, a conviver com o tempo, aproximando-se dele com ternura, não contrariando suas disposições, não se rebelando contra o seu curso, não irritando sua corrente, estando atento para o seu fluxo, brindando-o antes com sabedoria para receber dele os favores e não a sua ira;
o equilíbrio da vida depende essencialmente deste bem supremo, e quem souber com acerto a quantidade de vagar, ou a de espera, que se deve pôr nas coisas, não corre nunca o risco, ao buscar por elas, de defrontar-se com o que não é…” .

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

É assim que se ganha.


"Ninguém vai bater tão forte quanto a vida.
Não importa como você bate, e sim o quanto você aguenta apanhar e continuar lutando, o quanto pode suportar e seguir em frente...
"É assim que se ganha."
Rocky Balboa

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Acreditar

"Se eu pudesse de fato, ensinar algo para as pessoas,ensinaria a ter fé e a acreditar nas linhas tortas e sem pressa que Deus vai escrevendo. Se eu pudesse ensinaria até a mim mesma, porque confesso que às vezes o fio da fé ameaça a arrebentar.
Aí do nada o jardim floresce, o céu fica azul e o sol cai bem em nossas mãos. Essas coisas costumam acontecer quando menos se espera, quando já se está cansado de chuva, céu nublado e folhas secas. O que se sabe de tudo isso é que Deus não desiste, mesmo que nós desistamos. Parece que quando Ele vê os ombros se encurvarem,Ele nos cutura lá de cima como quem diz " Ei, estou aqui".E eu sei que está."
Camila Fonseca

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Escolhas


Ter poucos amigos, que não completam uma mão, mas esses poucos verdadeiros, confiáveis, únicos.
Porque colega a gente faz aos montes, na farra, nas festas se encontram mais de 10, 20, 30....te acompanham na bebedeira, na gastação, na curtição das noitadas, no passeio aos shoppings, nos dias de sol.
Mas amigos, são mto mais do q isso...
além disso,
São principalmente os dias de chuva, estão debaixo das tempestades ao seu lado. São a calmaria que vem depois.
É a mão que te segura quando você está prestes a pular do precipício.
Estão perdendo as noites de sono pra te ouvir chorar. São as risadas logo após...
Amigos são irmãos que podemos escolher.
E são nossos amuletos, escudos...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Perdão?

Quem tem memória, não sabe perdoar.
Não há como esquecer de algo que marcou com ferida
que cavou buraco, que deixou uma cicatriz.
Essa cicatriz não vai sumir, vai estar sempre ali
bem visível, para você vê-la todos os dias, o resto de sua vida.
Se não se esquece essa dor, como esquecer quem a causou?
Como passar uma borracha em palavras soltas no ar?
O papel amassado, não vai voltar nunca mais a ser o papel intácto que um dia foi.


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

E os príncipes não existem.


".. Nós estamos tentando descobrir o meio termo entre o que sonhamos para a nossa vida e o que realmente ela pode se tornar..
Porque se voce nao entender bem o que é o ''amor'' vai sempre buscar e apanhar o vento,
deixando os que te amam por nao ter sabido o q encontrou...
Ninguem te preparou pra isso na vida...
Ninguem te falou quando voce estava crescendo, que o amor verdadeiro começa lá onde voce nao espera nada da outra pessoa..
Ninguem te falou que ia ser estressante, que voce ia ter que saber perdoar, relevar, abstrair, etc etc etc..
sempre disseram que tinha um principe sim, como nós sonhamos e idealizamos...

Nenhum homem nunca vai preencher nossas expectativas...
Somos a geração disney.
Ninguem nos ensinou que o primeiro amor é o amor proprio...
nos mostraram aqueles desenhos de princesas e principes, de cavalos brancos, promessas mantidas, felizes para a sempre,..

A historia de amor do nosso século fala como vale a pena morrer pelo amor, ensina que o amor é isso..
Aquele inesgotavel sentimento pelo qual voce dá tudo, é tudo.
Porque comercialmente o amor vende muito...
Vende nos filmes que nos fazem chorar enquanto pensamos ''por que um homem assim nunca vai existir pra mim?''....
Ninguem nos preparou pra vida, pro dia a dia, pro companheirismo...
Nós queremos a aventura, o frio na barriga, as borboletas, os poemas e isso simplesmente NÃO É AMOR."
Aline Agostini
"O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem.
O que Deus quer é ver a gente aprendendo a ser capaz de ficar alegre a mais, no meio da alegria, e mais alegre ainda no meio da tristeza!..."
"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido.
Eu não: quero é uma verdade inventada"
Clarice Lispector

Ficou pra trás, se perdeu.


Laura já não é mais a mesma menina vibrante, corajosa e entusiasmada com a vida e com seus sonhos,
que são, que eram tão grandes, tão belos...tão ...... distantes.

Laura agora tem medo da morte, mede todos os seus atos,
se tornou uma mulher extremamente tímida, improdutiva
pobre de conteúdo, ociosa,
não aparenta mais a mesma e não tem mais brilho.

E como já teve, e como já esbanjou saúde, alegria e fortaleza.
Era admirada, não somente pela sua beleza, que desbancava qualquer par de olhos azuis.
Mas também pela inteligência, criativa, de pensamentos espontâneos, perspicaz, versátil, exemplar!

Laura parece regredir a cada minuto...
parece uma contagem para o fim.
O fim de suas virtudes,
Parece que a cada dia, ela se torna mais desprezível
mais dependente de seu marido, de ajuda, de mentiras.
De que um dia...
um dia vai mudar, um dia vai ser como antes,
de que um dia...
um dia vai ser feliz, vai conquistar tudo q almejava,
tudo q fazia seus olhos brilharem,
sua boca sorrir,
seu coração palpitar....pular, vibrar...

Hoje parece parar.

Os sonhos estão cada vez mais distantes...
os sonhos de Laura já não servem mais a ela.
Não se encaixam mais a vida que ela tem, q ela queria.
 q ela se arrependeu.

?


Talvez não se saiba a resposta para muitas das perguntas que todos nós fazemos.
Mas eu queria saber apenas uma,
e tudo isso se transformaria de vez.

Mudar o caminho?
Ou esperar que esse caminho, no final, me espere com alguma agradável surpresa?

é o medo de errar mais uma vez,
de se precipitar, e perder o que já se conquistou até hoje.
é o medo de começar tudo de novo, ou de não saber por onde começar.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Espera que o sol já vem

"...Em uma destas manhãs
Você estará crescendo, cantando animado
Você estará alargando as suas asas,
Criança, e alcançará o céu."

Janis Joplin - Summertime

Para os poucos amigos significantes, porém distante.



"Aqui na fronteira há folhas caindo.
Embora meus vizinhos sejam todos bárbaros,
E você, você esteja a mil quilômetros de distância,
Há sempre duas xícaras sobre a minha mesa."

Os bons amigos, se foram
procurá-los por toda cidade não vai adiantar
Eles estão longe...
Estão em meio a uma correria que a vida os pressiona

Não há como voltar aos velhos tempos
e tomar despretenciosamente uma xícara de café com chocolate na tabacaria ao lado do meu antigo apartamento
Não sei quando acontecerá novamente as noites de isonia compartilhada
chegar da aula a noite, e invadir o seu apê, ver tv e se dar conta de que já está no bar da frente, bebendo e dividindo as dúvidas de um dia, ou as de uma vida.
Não haverá novas chances de passearmos pelo centro insano de BH
e cantarolar músicas de chico buarque e legião urbana por todas as esquinas,
apesar da melancolia das músicas q nos envolviam,
Era essa a certeza,
até na tristeza eramos irmãos siameses
eramos felizes.

Você partindo, você parte uma parte boa de mim.

Nós escolhemos os nossos melhores amigos,
esse é o maior dos propósitos,
escolhemos o irmão mais velho, o namorado ciumento,
a mãe coruja, o pai protetor, o filho alcolatra. rs

Uma pena existir essa longa e incansável distância.
uma lástima, as barreiras que a vida nos encontra.

Rafa Moura

terça-feira, 4 de maio de 2010

You're so fucking special.


"...You're so very special
I wish I was special
But I'm a creep

I don't care if it hurts
I wanna have control
I want you to notice
When I'm not around

She's running out again
She's running out
She run, run, run
 
What the hell am I doing here?
I don't belong here
I don't belong me.."

Música: Creep - Radiohead

Too much poison, come undone.


"O meu amor tolo, o faz mais forte
Você me dá uns amassos, nossa paixão se consome
Meu coração é uma prostituta, seu corpo é aluguel
Meu corpo está quebrado, o seu está torto
Tatuo seu nome no meu braço, ao invés de estressado eu fico aqui encantado
Porque não há mais nada a fazer,

O meu amor dependente é uma prisão que eu escolho
Nenhuma outra prisão eu escolheria ter
De um outro amor eu abusaria
Nenhuma circunstância poderia justificar, na forma que as coisas tomaram sua dimensão
Veneno demais perde o efeito
E não há mais nada a fazer

Amor imbecil é conhecido por ser impulsivo
Propenso a se agarrar e desperdiçar tantas coisas
Me dê uns amassos por caridade
Nunca houve tanto em jogo
Nunca me vendi tão barato,

Eu sirvo minha cabeça em uma bandeja
É apenas um consolo ligar bem tarde para você
Porque não há mais nada a fazer

Eu sei que sou egoísta, sou insensível
Amor tolo, eu sempre acho alguém para machucar e deixar para trás
Completamente sozinho no espaço e tempo
Não há nada aqui, mas o que tem é meu
Algo emprestado, algo triste....."

"and Too much poison, come undone.
sucker love....."

Tradução da música Placebo - Every you and Every me

domingo, 25 de abril de 2010

A silenciosa aceitação do pavoroso enigma de viver o mundo.

"Ai de mim!", disse o rato, – "o mundo vai ficando dia a dia mais estreito, outrora, tudo era tão vasto que sentia medo e corri, corri até que finalmente fiquei contente por ver aparecerem muros de ambos os lados do horizonte, mas estes altos muros correm tão rapidamente um ao encontro do outro que estou já no fim do percurso, vendo ao fundo a ratoeira em que irei cair".
–"Mas o que tens a fazer é mudar de direção", disse o gato, devorando-o."
Franz kafka

Considerações: Tão vasto o mundo, muitas possibilidades de vivê-lo.
O Rato da fábula é o Homem; os muros, a Razão.
A Razão ajuda a delimitar, até um certo ponto, os nossos atos de vida; inspira confiança. Contudo a vida já é delimitada por forças incompreensíveis. Assim, a Razão não é mais que a compreensão dessas força. O rato parece saber a direção de seu caminho: a ratoeira (ratoeira — possível morte).
O gato é o mistério, o sem sentido, o absurdo, o inexplicável. Ele aconselha o rato a mudar de direção, sem, contudo, dar a ele a oportunidade de mudar. Talvez o rato já tivesse tido, sem saber, essa oportunidade; talvez o gato tivesse ironicamente justificado o seu conselho devorando o rato (garantindo, aliás, a sua alimentação e cumprindo o seu instinto de sobrevivência). No universo kafkiano, portanto, nada é explicável; tudo é, em silêncio, imenso e assustador… Não há resposta… E nunca haverá.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

O coração se pudesse pensar, pararia.

“..Não há saudades mais dolorosas do que as das coisas que nunca foram.”
“Parece-me que sonho cada vez mais longe, que cada vez mais sonho o vago, o impreciso, o invisionável.”
Fernando Pessoa - livro do desassossego

quinta-feira, 15 de abril de 2010

"Não somos apenas o que pensamos ser.
Somos mais; somos também, o que lembramos e aquilo de que nos esquecemos;
Somos as palavras que trocamos, os enganos q cometemos,os impulsos a que cedemos, "sem querer"."
Freud

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Começe fazendo o mais difícil:
Perdoando a si mesmo.

A criança e Deus



Uma criança pronta para nascer perguntou a Deus:
Disseram-me que estarei sendo enviada a terra algumas semanas...
Como eu vou viver lá, sendo tão indefesa?
E Deus disse:
Entre muitos anjos, eu escolhi um especial para você.
Estará lhe esperando e tomará conta de você.
Criança:
Mas diga-me: Aqui no céu eu não faço nada, a não ser cantar e sorrir,
O que é suficiente para que eu seja feliz, serei feliz lá?
Deus:
Seu anjo cantará e sorrirá para você...a cada dia, a cada noite,
A cada instante, você sentirá o amor de seu anjo e será feliz.
Criança:
Como poderei entender quando falarem comigo, se eu não conheço a língua.
que as pessoas falam?
Deus:
Com muita paciência e carinho seu anjo lhe ensinará a falar.
Criança:
E o que farei quando eu quiser te falar?
Deus:
Seu anjo lhe ensinará a orar.
Criança:
Eu ouvi falar que na terra há homens maus. Quem me protegerá?
Deus:
Seu anjo lhe defenderá mesmo que isso signifique arriscar sua própria vida.
Criança:
Mas eu serei sempre triste porque eu não te verei mais.
Deus:
Seu anjo sempre lhe falará sobre mim, lhe ensinará a maneira de vir a mim,
E eu sempre estarei dentro de você.
Neste momento havia muita paz no céu, já se podiam ouvir as vozes lá da terra.
A criança pediu suavemente:
Oh! Deus, diga-me, por favor, o nome do meu anjo.
E Deus respondeu:
Você chamará seu anjo de... MÃE

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Volta pro esgoto baby, e ve se alguem lhe quer.


As flores do mal - Legião Urbana

"Eu quis você
E me perdi
Você não viu
E eu não senti
Não acredito
nem vou julgar
Você sorriu, ficou e quis me provocar

Quis dar uma volta em todo o mundo
Mas não é bem assim que as coisas são
Seu interesse é só traição
E mentir é fácil demais
Mentir é fácil demais...

Tua indecência não serve mais
Tão decadente e tanto faz
Quais são as regras? O que ficou?
O seu cinismo essa sedução

Volta pro esgoto baby
Vê se alguém lhe quer...

O que ficou é esse modelito da estação passada
Extorsão e drogas demais
Todos já sabem o que você faz
Teu perfume barato,
teus truques banais
Você acabou ficando pra trás...

Volta pro esgoto baby, e ve se alguem lhe quer??!"

Homenagem a Sebastian
Legião Urbana - As flores do mal

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Beethoven - Moonlight

Moonlight

Por Chico Buarque e Edu Lobo


"Vivia a te buscar,
 porque pensando em ti
Corria contra o tempo,
eu descartava os dias em que não te vi,
como de um filme, a ação que não valeu
Rodava as horas pra trás
Roubava um pouquinho
E ajeitava o meu caminho
Pra encostar no teu

Subia na montanha,
não como anda um corpo,
Mas um sentimento,
eu surpreendia o sol antes do sol raiar,
saltava as noites, sem me refazer
E pela porta de trás da casa vazia
Eu ingressaria e te veria
Confusa por me ver
Chegando assim mil dias antes de te conhecer."

Luiz Melodia - Valsa Brasileira

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Through the monsoon



E o mundo vai desabar em pingos d' água,
ora sereno e calmo, ora forte e assustador.
O silêncio se faz em ruídos
e todos se recolhem para um imenso vazio no ar.
É hora de se deitar, e de perto da janela fechada,
avistar a paisagem cinzenta que promove o recolhimento,
formadora de idealizações, de reflexões que só o céu nublado,
pintado de nuvens carregadas em escuro, pode nos trazer tamanha sensação.
Isto é o que chamo de paz.
É a liberdade que os sentimentos tem de poder fluir debaixo de um temporal.
E poder se molhar e se encher de gotas de alívio,
uma mistura de dor e de calma,
alegria e melancolia.
Os sentimentos mais contrários se confundem,
se unem, se tornam Você.

Rafa Moura



Décimo andar.



"Laguna já nasceu a mais bela daquela cercania, quiçá de todas as vizinhanças. Aqueles olhos azuis turquesa, olhos azuis liberdade chamavam a atenção de qualquer um. Os cabelos longos esvoaçantes remetiam aos poemas mais líricos. Como se não bastasse, não era so aí que ela se destacava. Laguna era aquele tipo de criança que não chorava, se acostumou com o escuro e parecia entender a falta que o pai,um desaparecido que todos sabiam aonde estava, fazia. Contrariando a previsão que as comadres faziam enquanto lavavam suas calçolas de renda cor da pela Laguna cresceu serena.

Uma moça tão compreensiva, simpática, educada, humilde e acima de qualquer contestação maravilhosa não podia ficar sem pretendentes. O impressionante e nunca entendido é que independente de pedros ou joses, todos eles iam na mesma velocidade que vinham. Mais ainda: ela era deixada como se larga um lixo naquela lixeira longe em um domingo preguiçoso.

Poço de qualidades, Laguna não se deixava abalar por isso. Quanto mais despedidas eram feitas, mais ela se entregava ao seu trabalho que já andava muito bem sucedido a essa altura, depois de tantos "espero que continuemos amigos." . Além do mais, nada como um copo largo de vodka com três pedras de gelo e um pedaço de limão na parte superior para esquecer as adversidades da vida.

Mas é que um dia o limão começou a amargar demais...

Foi em meio ao amargo das papilas, do estômago que Laguna recebeu um esclarecimento. Dizia-se que o motivo de tanto abandono era que a doce senhorita não era lá essas coisas entre quatro paredes. Mas como? Uma jovem bela, atraente! Simpática! Educada! Afinal, ninguém é perfeito!

Foi aí que Laguna, já tão esclarecida, teve a luz maior. Percebeu que não importa o quão bom você é, o quanto bem você quer fazer. O quanto você deseja o outro. No final, as pessoas querem mesmo é um prazer efémero e uma cerveja depois, é claro.

Essa "luz" veio justamente quando o sol irradiava por toda a parte, envadia os corpos, fazia sombra. Todos pareciam alegres. Ela não pode deixar de reparar como a felicidade dos outros cresce proporcionalmente a tristeza própria.

Então o limão amargou de vez.

Laguna não conseguia compreender como o mundo podia ser tão mesquinho. Tão inútil. Tão estupidamente feliz quando tudo o que se tem é a derrota de quem deveria vencer. Injusta batalha! Ela não se sentia revoltada, triste, magoada. Apenas não podia concordar com o funcionamento das coisas.

Foi em uma quarta-feira de chuva fina que Laguna se pôs a pensar mais uma vez nos seus romances. Ser deixada tudo bem. Mas por um motivo tão cafajeste? Sem revolta. Ela simplesmente so não podia concordar.

Enquanto os meninos da rua brincavam de pular nas poças, Laguna se pegou na janela do seu prédio nessa mesma quarta-feira, pensando justamente nos seus amores. Seu pijama de algodão branco com corações vermelhos por toda parte pareciam uma grande ironia. Antes de se deixar levar, de maneira leve, suave, feliz poderia-se até dizer Laguna perguntou pra si própria:

- " Quando o romance acabou?"

Ela não entendeu muito bem de onde vinha aquela voz. Mas assegura-se que antes de tocar o chão ela teria ouvido um sussurro:

- "Ele já existiu?"

Bernardo Pêsso